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31/01/2010

Terra: Milhares cantam riff durante show do Metallica em SP


O Terra Magazine publicou a seguinte resenha sobre o show que o Metallica realizou ontem, 30 de Janeiro, em São Paulo.

Milhares cantam "riff" durante show do Metallica em SP

Assistir a um show de rock é, antes de qualquer análise racional, um ritual carregado de emoções. Quem viu o Metallica em São Paulo pôde vivê-las em suas diversas variantes: raiva, ódio, fúria, catarse, amor, empolgação.

O que se viu neste sábado, 30, ao longo de pouco mais de duas horas de apresentação, foram amostras de entusiasmo e energia raramente vistas em shows de rock no Brasil.

É verdade que o metal, por si, já é um incentivo às rodas de pancadaria e aos pulos frenéticos. Ainda assim, esta foi uma apresentação especial para quem estava no estádio do Morumbi.

Não é normal ver mais de 60 mil pessoas pulando, juntas, ao som de uma simples música. Foi o que aconteceu em For Whom The Bell Tolls, Master Of Puppets, Enter Sandman e a saideira da noite.

Como de costume na turnê que vem divulgando o álbum Death Magnetic (2008), a apresentação começou com Creeping Death e foi encerrada com Seek and Destroy.

Não é normal ver mais de 60 mil pessoas cantando, juntas, um riff de guitarra, ao invés de apenas repetirem as letras. Foi o que aconteceu quando o Metallica tocou Fade to Black.

Para quem estava na pista, a impressão que se teve foi a de pertencer a um grande rebanho, cujos pastores mandavam e desmandavam ao seu bel-prazer.

Felizes, os integrantes da banda trocavam inúmeros sorrisos e gracejos entre si. Ainda no ínicio da noite, o vocalista James Hetfield disse, em inglês: "Eu já estou sorrindo". E prometeu alegrar a noite dos presentes.

Apesar dos quase 30 anos de estrada, os integrantes do Metallica ainda mantêm o vigor e a brutalidade sonora do início de carreira, apesar da suavizada em Load (1996) e Reload (1997) e de Saint Anger, álbum cometido pela banda em 2003.

Prova desse rejuvenescimento é a música The End Of The Line, que integra o último disco da banda e é uma das maiores pauladas sonoras da década.

Hetfield, o guitarrista Kirk Hammett, o baterista Lars Ulrich e o baixista Robert Trujillo nem por um minuto se portaram como "tiozinhos do rock". Ainda bem. "We know São Paulo likes it heavy", disse à certa altura o vocalista.

A banda está pela terceira vez no Brasil - as passagens anteriores foram em 1989 e 1999. Desta vez, porém, conseguiu uma proeza: afastar as chuvas da capital paulista, que há quase 40 dias consecutivos era atingida pelas águas de janeiro.

Menção muito honrosa aos brasileiros do Sepultura, responsáveis pelo show de abertura e por um dos momentos de maior empolgação da noite, quando encerraram seu setlist com Roots Bloody Roots.

Pulando a cerca

Algumas milhares das milhares de pessoas presentes foram vitimadas pela desorganização na saída do espetáculo. Quem preferiu sair pelo lado esquerdo da pista demorou até 30 minutos somente para colocar os pés para fora do Estádio do Morumbi.

Logo um coro egípcio foi entoado em referência à lentidão das filas.

- Im-ho-tep, Im-ho-tep...

Incidente desastroso, considerando-se que o show terminou às 23h40 e os ônibus depois da 0h são raros em São Paulo. Vale lembrar que o ingresso para a pista normal custava R$ 250; para a pista VIP, R$ 500.

No entanto, os usuários mais desiludidos com o transporte público foram surpreendidos na sequência, ao se depararam com diversos ônibus, disponibilizados pela prefeitura, com destino à região central da cidade.

Infelizmente, não tardou para a desilusão retomar seu lugar: os coletivos, mais do que abarrotados, não conseguiam chegar às estações de metrô a tempo de os passageiros poderem embarcar.

Alguma confusão também foi registrada antes do show, na fronteiras entre as pistas destinadas ao proletariado e à burguesia roqueira.

Uma funcionária da empresa organizadora da apresentação reclama. "Tem que tomar cuidado, só hoje (até às 18h) tivemos de retirar mais de 15 pessoas da pista VIP". Como?

"Eles vão lá e dão grana pros seguranças, pulam a cerca. Uma menina fingiu ter passado mal, foi para a enfermagem na área VIP, melhorou e ficou por lá", conta. "É uma briga com as pessoas que invadem e com os próprios seguranças, que facilitam".

Depois de se apresentar em Porto Alegre na quinta-feira e em São Paulo neste sábado, o Metallica repete a dose neste domingo, 31, no Estádio do Morumbi, também com abertura do Sepultura. O show começa às 20h30.

Uma pequena galeria de fotos também foi disponibilizada pelo Terra e pode ser vista
LINK:http://musica.terra.com.br/galerias/0,,OI115830-EI1267,00.html

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