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13/05/2011

Hetfield fala sobre documentário Absent

O frontman do Metallica, James Hetfield, falou ontem (12 de Maio) sobre sua experiência em ter crescido sem um pai, na Central Christian Church em Mesa, Arizona. Ele fez parte de uma sessão de perguntas e respostas de quase uma hora, realizada após a exibição do premiado documentário "Absent", que explora a crise mundial dos pais ausentes e desinteressados, e o impacto negativo que a "ferida paterna" causa na sociedade.

"Eu aprendi muito deste processo", Hetfield disse a platéia, segundo o The Arizona Republic. "Quando o [cineasta] Justin [Hunt] me pediu para ser parte disto, eu não tinha idéia de quanto isto iria afetar a mim, a minha família. Meu relacionamento com meu filho definitivamente mudou consideravelmente. O relacionamento com minhas meninas também, passaram totalmente para outro nível, de eu mostrar a elas o quanto elas devem aproveitar o quão belas elas são do jeito que são. Resolver um pouco dos problemas que começam a surgir com os adolescentes. Meu filho mais velho fará 13 anos no próximo mês e, sabe, aprender sobre sexo, aprender sobre namorar, aprender sobre puberdade, coisas desse tipo. É um assunto bem assustador, especialmente para um pai."

Sobre sua fé:

"Eu fui colocado a prova algumas vezes quando criança, e, sabe, religião era algo bem difícl enquanto criança. Meu pai sendo o equivalente a um pastor, e pegando bem pesado em casa, eu me sentia bem preso a tudo isso e eu não entendia. E eu não me sentia livre para perguntar sobre isso pois isto traria a tona minha falta de fé. Então, eu aprendi que coisas ótimas aconteceram as pessoas que aceitaram um poder maior que elas próprias. E, eu mesmo, ser capaz de soltar o volante e não tentar dirigir minha vida e saber que há um poder maior tomando conta de todos nós."

Sobre se ele e o baterista do Metallica, Lars Ulrich, que também possui filhos, já compartilharam dicas de pais, um com o outro:

"Sim, nós compartilhamos. Especialmente depois de uns meses afastados um do outro, o que é sempre bom e quando você volta e diz, 'oh, meu Deus, isto está acontecendo e dá pra acreditar que meu filho está fazendo isto e aquilo'. Ele diz algo tipo, 'Você também?'. E nós compartilhamos histórias e ele me conta algo. É um relacionamento tão diferente agora."

Sobre o complicado relacionamento entre Ulrich e Hetfield durante o processo de gravação do álbum "St. Anger", que pode ser visto no documentário "Some Kind of Monster":

"Era tão quente, tinha muita paixão, mas muito disso era movido pelo medo. E nós sabíamos lá no fundo que nós amávamos tanto um ao outro, que nada nos separaria - mesmo o pior tipo de luta que estava rolando ou ele gritando a palavra com f na minha cara. Tá certo, você extravasa. Agora, o relacionamento é inacreditável. Nós somos capazes de tratar um ao outro como irmãos."

Alguns vídeos da participação de Hetfield podem ser conferidos abaixo.





www.metalremains

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